Creio que de alguma forma
Temos certa sintonia
Que vicia
Não sacia
Nascia, morria e nascia
Mulheres gostam desse jogo viril
Do elogio ao desprezo
Do desprezo ao elogio
Mas não é qualquer mulher
Que entende este mundo yang ostil
Apenas mulheres-flores
Cheias de cores e sabores
De uma ancestralidade que se diluiu
Mulheres milhares
e ao mesmo tempo singulares
De intensos mares em seu navio
Proféticas palavras que se fundem
Fogo no pavio
Que nossos poemas nos mudem
Tirando-nos um pouco
Do profano vazio
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.
O ponto é
O ponto é elo
Entre a fronte e o singelo
Entre o amar e o amarelo
O ponto
De muitas formas
Pode ser belo
O ponto é a ponte
Entre a busca e a fonte
Entre o rio e o monte
Entre o “vou te contar” e o “então me encante”
Diante do ponteiro a rodar
Diante do estonteante tempo
A passar
De um ponto a outro
De um encontro a outro patamar
Eu sabia que isso ia acontecer
Acontece, e tece a vida em nosso ser
Engrandece, e há, com tudo isso
A beleza do renascer
Chegou a esse ponto
Chegou em minha vida
O ponto de encontro entre o “não ter mais”
E o “ter que esquecer”
Entre o ponto final
e o ponto de partida
Entre o ponto “tchau”
e o ponto “merecer”
Da dor dopada
à dor doída
Do sinal
à ferida
Do fatal
à vida
Ponto
Começou de novo (ponto interrogativo)
Nem te conto ponto ponto ponto
A madrugada não é obrigada a aguentar todos os meu pensamentos Aí, avisa aos sonhos fazendo remexer na cama a todo momento Quero dormir, mas a razão não deixa Quero sonhar com um mundo sem queixa Madrugada deixa, me deixa sonhar! Embala meu sono para amanhã ter um feliz despertar Sentir alegria Ouvir o coração palpitar Sai fora fantasia Quero um sonho que me faça acordar
Na foto, a banda que me acompanhou, do próprio festival (da esq. p/ a direita): Renato Campos (baixo), Renato Anderson (flauta), Mimi Rocha (violão),Tito Freitas (teclado) e Denilson Lopes (bateria). Na foto também a jornalista Joanice Sampaio e eu!
A arte, para existir, exige interatividade. Necessita dos sentidos humanos para aflorar, como um olhar interessado, um ouvido instigado, um certo tato na percepção, um coração desarmado e um conjunto atento ao que nos capta a emoção.
A arte parte do princípio que algo se transformará após sua manifestação, ou não, simplesmente ali está. Quem captar captou, quem se envolver, de alguma forma se modificou. É uma ação, manifestação, emanação movedora das emoções, mantenedora das criações, por diferentes contextualizações.
De acordo com o site Wikipédia, em 1923 foi incluído pelo crítico de cinema Riccioto Canudo o termo sétima arte, para incluir o Cinema no Manifesto das Sete Artes. Atualmente este conta com onze artes, a saber: 1ª – Música; 2ª – dança/coreografia; 3ª – pintura; 4ª – escultura; 5ª – teatro; 6ª – literatura; 7ª – cinema; 8ª – fotografia; 9ª – história em quadrinhos/ banda desenhada; 10ª – jogos de computador e de vídeo e 11ª – arte digital, que são as artes gráficas computadorizadas 2D, 3D e programação.
Segundo o mesmo site, “Há uma certa dúvida se a ordem colocada estaria correta, porém um maior número de pessoas concorda com a ordem encontrada, apenas criando uma grande dúvida na posição do teatro e da literatura.”
Cada arte tem sua linguagem, e neste manifesto estes conceitos são associados da seguinte forma:
11ª Arte - Arte digital (integra artes gráficas computorizadas 2D, 3D e programação).
A arte é som que preenche, movimento que perpassa, cor que salta, forma que impõem espaço, interpretação que comove, palavra que se internaliza e imagem que se revela. Também se podem trocar as qualidades de tais conceitos sem perda do significado, conforme a Figura 1.
Fonte: A autora
Ou seja, assim como arte é som que preenche, é também som que perpassa, que salta, que impõe espaço, bem como qualquer outro conceito de arte dos referidos permanece com sentido ligando-se a qualquer outra característica, refletindo o ar subjetivo e ao mesmo tempo efetivo da arte.
Ela simplesmente é, em sim, e ao mesmo tempo é, com o outro, que também pode ser a própria arte.
Quando alguém faz algo de coração, os outros facilmente percebem, como no caso dessa linda música que o Nando Reis fez pra filha dele, Zoé... http://www.youtube.com/watch?v=snTnY-Bo6i0
O mundo ficaria melhor se todos fizessem as coisas, além de pensadas, de forma mais sentida.
"A razão quer falar, o coração quer escutar;
A razão quer mandar, o coração quer partilhar;
A razão quer definir, o coração quer sentir;
A razão quer calcular, o coração quer arriscar;
A razão quer determinar o futuro, o coração quer gozar o presente;
A razão quer regras, o coração quer espontaneidade;
A razão quer medir as palavras, o coração expressa-as sem medo;
A razão quer manipular, o coração quer apenas se expressar sem jogar;
Enfim, o que determina meu amor por alguém? A razão quer determinar características específicas: altura, peso, cor dos olhos, tipo físico etc... mas o coração ignora a razão porque, como diz Saint Exupery, “o essencial é invisível aos olhos” e é por isso que O CORAÇÃO realmente TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE, como dizia Blaise Pascal..." André Carlos Massolini
Sou quem deseja ser, antes de acontecer, de satisfazer.
Sou renascer de mim.
Posso até ser você, se de ti olhares.
Sou singular, sou mulher, sou milhares.