quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

02:37


  
















02:37                                   20/02/10 

O melhor horário para escrever
é de madrugada
As luzes 
tão apagadas
as vozes
silenciadas
as portas
rangem paradas
as palavras
são pelo vento ditadas

O coração
está mais lento
a mente
mais relaxada
E isso gera
um movimento
de inspiração
Horas sagradas

CLARISSA ARARIPE

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

QUARTINHA


QUARTINHA                26/01/10


No quarto toco minha quartinha
Nos 4 cantos ela tinha
Que ecoar

No eco, quarto me responde
Encanto de água do mar

No canto, canto para o eco
Recante ladainha
E no quarto tamborilar que vinha
No quarto crescente de lua minha
Quartinha quase falou
Com aquele tom água-marinha

 CLARISSA ARARIPE

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MUDANÇA


Mudança                                                                        11/02/10


A mudança é muda,
e mansa, se faz presente
A mudança dança,
nos envolve e nos toca a mente

Emancipa uma pessoa
Modela, ressoa
A mudança me envolveu
A mudança sou eu?

A mudança é lança,
que se lança no ar
Corre nas águas nunca iguais de um rio
Está na trança, em Avatar

A mudança vem do novo
Nosso corpo sente
A mudança vem latente, vem do povo,
Mexe com a gente

A mudança se manifesta
Quer em teus atos se perder
É um 3º olho na testa
A mudança tem poder

A mudança que percebo em suas andanças
Tem um “q” de especial
Não fica só na lembrança
Foge do convencional

E qualquer pessoa
Pode sim fazer mudança,
basta querer
Tenha esperança,
a mudança está pra acontecer

A mudança é herança da evolução
mundo cheio de transformação
Esperança que o que mudar é para o bem
A mudança é uma muda
que muda quem tem

A mudança é redonda
Onda que vai e que vem

(Clarissa Araripe)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Faces-perciana


Faces-perciana 04/01/10

Às vezes a verdade é dura

Mas se não surge complica

Às vezes só se vê candura

Em uma mentira bem dita


Há um limiar entre as ações humanas

Basta focar o olhar

Por trás das faces-percianas

E então mergulhar

Nas reais intenções que emanas


Olhe para aquele da festa

Que quando se manifesta

Denomina-se eu

Olhe para sua própria fresta

Frescor que só te resta

Quando está sem breu


Às vezes as palavras curam

Às vezes irritam

Complexos discursos furam

Desfazem-se os mitos

As realidades simulam

se imitam

Clarissa Araripe