segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Confusos



















Os confusos tem seus fusos trocados
Parafusos confinados
em paredes de finados
sustentando retratos
pelo tempo demarcados

Suspiram por fartos, simulam fatos
sinalisam status muitas vezes ultrapassados
Os confusos fazem uso da sorte
confiam no vento, para a morte da certeza
às vezes cercam-se de macio, às vezes de aspereza
Confundem o próprio confinamento
aos confetes de sua fortaleza
Fundem o saber das rochas
à consistência da sobremesa


CLARISSA ARARIPE – 07/12/2010 – 00:47