segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Confusos



















Os confusos tem seus fusos trocados
Parafusos confinados
em paredes de finados
sustentando retratos
pelo tempo demarcados

Suspiram por fartos, simulam fatos
sinalisam status muitas vezes ultrapassados
Os confusos fazem uso da sorte
confiam no vento, para a morte da certeza
às vezes cercam-se de macio, às vezes de aspereza
Confundem o próprio confinamento
aos confetes de sua fortaleza
Fundem o saber das rochas
à consistência da sobremesa


CLARISSA ARARIPE – 07/12/2010 – 00:47

3 comentários:

  1. Adoro blogs... mentira...passeio por vários e quase nada me agrada. Pode me chamar de chato, ou o que for, mas fico muito feliz quando encontro um no qual eu goste e se aqui posto, é por ter gostado...

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  2. se o confuso é de fato
    nada mais que um canastrão
    seu passado é tolice
    seu presente é estultice
    seu futuro ilusão.

    se o lês com propriedade
    ou com sorte de cigana
    fazes tudo na calada
    bem sozinha em tua cama.

    o desprezo é faca cega
    a certeza é ilusão
    quem aperta a ferida
    fere a própria solidão.

    bem fiseste ao revelar
    esta trama derradeira
    conhecestes do espelho
    tão somente as cabeleiras


    agradeço a franquesa
    por tudo peço perdão

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  3. Cla, bora começar 2011 nesse blog, moça! Quero você postando felicidade nesses novos tempos. Beijos

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