Creio que de alguma forma
Temos certa sintonia
Que vicia
Não sacia
Nascia, morria e nascia
Mulheres gostam desse jogo viril
Do elogio ao desprezo
Do desprezo ao elogio
Mas não é qualquer mulher
Que entende este mundo yang ostil
Apenas mulheres-flores
Cheias de cores e sabores
De uma ancestralidade que se diluiu
Mulheres milhares
e ao mesmo tempo singulares
De intensos mares em seu navio
Proféticas palavras que se fundem
Fogo no pavio
Que nossos poemas nos mudem
Tirando-nos um pouco
Do profano vazio
Um semblante, por si só
é UMA faceta,
em mil
CLARISSA ARARIPE
22/3/2009
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:*
ResponderExcluirtudo muito simples e bonito por aqui, como sempre
o que fazer com você, flor de ir embora?
ResponderExcluir"flor de ir embora, é uma flor que se alimenta do que agente chora.." no meu caso, alimento-me do que me faz pulsar.. "é preciso amor para poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir..."
ResponderExcluirQuanto a o que fazer comigo, depende do contexto, depende do sentido. Mostre-se que eu te digo!
ResponderExcluirA lenha queimaria, seu eu colocasse
ResponderExcluirAssim como eu arderia por apenas algumas palavras...
Vejo graça nas crianças
Em como com seus olhinhos anseiam abraçar o mundo
sem saber que o mundo não se deixa abraçar...
passeio
ResponderExcluirem teus cabelos indiados
sussuro canções indecentes
sofejo palavras de amor
eriço
a boca dormente
dobro os troncos mais fortes
afago a pele do mar
arraso cidades
refresco transeuntes
crio cirandas
de saci pererê
não sei fazer outra coisa
senão ser vento
que passa vez em quando
brincando de amar
para que me ver
se de segundo a segundo me engoles?
aceite o fato
de que se a vida pulsa
é porque o peito rebuça
pela força do ar...
Clarissa, aqui está pulsando paixão! Tudo discretamente passional.
ResponderExcluirquerida raquel,
ResponderExcluiros elementos não se apaixonam...
eles se cruzam, se envolvem
criam misturas e retornam
aos quatro cantos do mundo.
mistura de água com terra faz brotar
água com fogo é apagar
água e ar criam ondas
espuma e magia...
água com ar também fazem
cortinas nas cachoeiras
orvalho, sereno e
coisas do amanhecer
o vento sopra a água
que se deixa transportar
no meio do céu, banhados de luz
inventam aquele portal
que chamamos arco-iris.
efêmeros, mas incomparáveis...
O silêncio é uma delicadeza
ResponderExcluirum consentir
um sim à partida
pela porta aberta do mundo
vou embora margarida.
outras águas irei tocar
outros sinos irão dobrar
à força do meu sopro
não pedirei licença
atiçarei brasas, enterrarei cidades
mas em face a tua presença
serei sempre brisa e saudades
vento duro, vento grosso
vento só, vento louco
vento mais, só mais um pouco
vento doce
vento beijos
e essas feridas da vida margarida
e essas feridas da vida amarga vida
pra voce lembrar de mim
pra voce...